Este artigo discute a problemática da construção de identidades no território inserido nas redes globais. Considera-se enquanto recorte espacial a cidade de Goiás, dentro da Região Turística do Ouro em Goiás. O objetivo central é verificar de que forma traços da alimentação podem compor a identidade dos territórios e dos sujeitos. Os objetivos específicos são verificar as influências do turismo e da presença de universidades nessas construções identitárias e analisar como os estabelecimentos de alimentação revelam ou influenciam as identidades. A metodologia desta pesquisa contou com revisão bibliográfica sobre a temática, dois trabalhos de campo, entrevistas semiestruturadas com moradores e turistas na Cidade de Goiás, espacialização de dados em mapas e registros fotográficos dos territórios analisados. Os resultados apontam que as construções identitárias são sempre plurais e construídas historicamente. Muitas vezes, as identidades sofrem reducionismos ou generalização em nome de uma possível representatividade de um território, um povo ou uma nação. Notou-se ainda que mesmo quando pouco percebidas no plano político e cultural, as identidades são utilizadas estrategicamente para controlar os territórios e construir estereótipos acerca das pessoas, dos lugares e das coisas.
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