Ricardo Junior de Assis Fernandes Gonçal
The development of capitalist forces and the advancement of the capital frontier in Brazil rely on the intense exploitation of natural resources such as land, water and minerals as a source of accumulation by spoliation. The territorial implications of this process provoke the plundering of nature and work. In this sense, large mining projects represent the erosive force of mineral capital in the appropriation of the Brazilian subsoil, expropriation of traditional communities and social and environmental conflicts. The objective of this research is to present a geographic analysis of the socio-spatial effects of mining megaprojects in Goiás, Brazil. The methodology used is based on qualitative and quantitative procedures, such as interviews, field diary, participant observation and statistical data collection. The text presents the plunder caused by the impacts of the expansive process of controlled mining national and transnational companies. By appropriating natural resources and transforming large mining projects into commodities, the scale of territorial conflicts, the expropriation of traditional communities and the precariousness of labor increase. Therefore, mineral extractivism based on megaprojects also implies the uneven and destructive development of the territories.
O desenvolvimento das forças capitalistas e o avanço da fronteira do capital no Brasil contam com a exploração intensa de recursos naturais como terra, água e minérios como fonte de acumulação por espoliação. As implicações territoriais deste processo provocam a pilhagem da natureza e do trabalho. Neste sentido, os grandes projetos de mineração representam a força erosiva do capital mineral na apropriação do subsolo brasileiro, expropriação de comunidades tradicionais e conflitos socioambientais. O objetivo desta pesquisa é apresentar uma análise geográfica dos efeitos socioespaciais dos megaprojetos de mineração em Goiás, Brasil. A metodologia usada baseia-se em procedimentos qualitativos e quantitativos, tais como entrevistas, diário de campo, observação participante e levantamento de dados estatísticos. O texto apresenta a pilhagem causada pelos impactos do processo expansivo da mineração controlada empresas nacionais e transnacionais. Ao apropriar recursos naturais e transformar em commodities os grandes projetos de mineração ampliam as escalas de conflitos territoriais, expropriação de comunidades tradicionais e precarização do trabalho. Portanto, o extrativismo mineral baseado em megaprojetos implica ainda no desenvolvimento desigual e destrutivo dos territórios.
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