A pretensão, com este artigo, é refletir sobre o fenômeno da autoderrisão – mais uma manifestação discursiva do humor – nas redes sociais. Mais especificamente, trata-se de refletir sobre a zombaria de si nos gêneros discursivos memes. Contrariando em parte uma concepção platônico-aristotélica sobre o riso (uma condição do animal humano, mas que é fruto de um “duplo erro”), o objetivo é demonstrar, por meio de alguns exemplos, como a estética de memes em que o “eu” é tomado como objeto de zombaria faz valer uma outra compreensão ética sobre o riso – baseada no pensamento nietzscheano –, mas que faz uso de procedimentos linguageiros tradicionais ao discurso humorístico (hipérboles, paródias, ambiguidades, ironias etc.).
The pretension, with this article, is to reflect on the phenomenon of self-derision - another discursive manifestation of humor - in social networks. More specifically, it is a matter of reflecting on the mockery of itself under the genres of discursive memes. In part contrary to a Platonic-Aristotelian conception of laughter (a condition of the human animal, but which is the result of a "double error"), the objective is to demonstrate, through some examples, the aesthetics of memes in which the " I "is taken as the object of mockery and makes use of another ethical understanding of laughter - based on Nietzschean thought - but which makes use, however, of traditional linguistic procedures to humorous discourse (hyperbole, parody, ambiguity, irony, etc.) .
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados