Brasil
As reformas do Rio de Janeiro no início do Século XX tiveram o intuito de inserir a cidade na modernidade, equiparando-a às capitais da Europa e extirpando a memória do seu passado escravista, dando novo aspecto às regiões central e portuária da cidade, num esforço conjunto entre os governos federal e municipal. O artigo mostra como impactaram não apenas nos símbolos tangíveis da memória da escravidão, mas também implicaram em estratégias de controle social, em especial do cotidiano e da cultura da população negra da cidade. A ação do poder público na área portuária, em especial, atingiu de forma intensa os aspectos culturais e sociais da população negra ali arraigada. Por fim, analisaremos a quais ideais obedecia este projeto urbano, e algumas de suas implicações sociais e raciais.
The urban reform of Rio de Janeiro between 1902 and 1906 intended to insert the city in modernity, equating it with the capitals of Europe and modifying the memory of the slave- owning past, through the new aspect of the central and port regions of the city, in a joint effort between the federal and municipal governments. The article presents how the reform impacted on the tangible symbols of the memory of slavery, and also implied strategies of social control, especially of the daily life of the black population of the city. Dialoging with historiography, we present an analysis of a city project focused on external looks, aligned with ideals of civilization and progress that diverged from the ethnic and cultural multiplicity of Rio de Janeiro at the beginning of the 20th century.
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