My overall goal in this research is to evidence the use of the fragmented body as a metaphor for freedom in the visual arts and its correspondences in literature. Using as a point of departure the studies of Marie-José Mondzain, I look at the historical models that served as a model for a genealogy of body fi guration, especially in the period in which the question of the fi gured body became a philosophical problem in Christendom. From the concept of anachronism by Georges Didi-Huberman and his studies on the survival of images according to the ghostly model of Aby Warburg, I analyze the fi gures of the saint and the hero. Thus, in the Iberian culture of the Middle Ages I focus on the Catalan image of the Martyrdom of Thomas Becket in the fresco of the Church of Santa Maria de Terrassa (c. 1180) and Nossa Senhora da Ponte (14th century) in the Convent of São Gonçalo in Amarante, Portugal; in the Italian Renaissance, I look at the Pietà (1498-1500) of Michelangelo;
and fi nally in Brazilian academicism, I analyze the Tiradentes quartered (1893) of Pedro Américo. I pay particular attention to the connections between Brazilian art and Iberian culture, which have been mostly ignored
Meu objetivo geral nessa pesquisa é evidenciar o uso do corpo fragmentado como metáfora da liberdade nas artes visuais e suas correspondências na literatura. A partir dos estudos de Marie-José Mondzain, observo os modelos históricos a partir dos quais uma genealogia da fi guração do corpo tem início, especialmente no período em que a questão do corpo fi gurado se tornou um problema fi losófi co na cristandade. A partir do conceito de anacronismo de Georges DidiHuberman e seus estudos sobre a sobrevivência das imagens segundo o modelo fantasmal de Aby Warburg, apresento um recorte temático sob a égide das fi guras do santo e do herói. Esse itinerário crítico carece de providenciais paragens: na cultura ibérica medieval com a imagem catalã do Martírio de Tomás Becket no afresco da Igreja de Santa Maria de Terrassa (c. 1180) e com a Nossa Senhora da Ponte (séc.
XIV) no Convento de São Gonçalo em Amarante, Portugal; no Renascimento italiano com a Pietà (1498-1500) de Michelangelo; e por último no academicismo brasileiro com o Tiradentes esquartejado (1893) de Pedro Américo. Minha atenção recai sobre a recuperação de um contato da arte brasileira com a cultura ibérica, cujas ligações foram sensivelmente mitigadas.
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