Los protocolos de escritura y lectura instituidos por la ficción realista presuponen el modelado de los espacios de la novela como mundos posibles que están fundamentalmente de acuerdo con la experiencia empírica del lector. La relevancia dada al espacio en las novelas realistas y la comprensible expectativa del lector de encontrar en estos trabajos mundos habitables y reconocibles obligaron a los autores como Flaubert o Zola a organizar archivos preparatorios para cada uno de sus trabajos, en los que compilaron las notas resultantes de su trabajo de campo. Este trabajo de campo incluía inevitablemente visitas a los lugares donde se llevaría a cabo la acción narrada (incluso si la toponimia de la novela no correspondiera a la toponimia real que la inspiró). Estéticamente vinculados a estos maestros franceses del Realismo y el Naturalismo, Eça de Queirós y Emilia Pardo Bazán optaron, en obras como A Cidade e Serras, A Ilustre Casa de Ramires, Los Pazos de Ulloa y La madre Natureza, por la recreación de ficción de los espacios físicos y sociales que su vida privada les permitió conocer.
The protocols of writing and reading instituted by realistic fiction presume the modeling of the spaces of the novel as possible worlds that are fundamentally in accordance with the empirical experience of the reader. The relevance given to space in realistic novels and the reader’s understandable expectation of finding in these works habitable and recognizable worlds compelled authors like Flaubert or Zola to organize preparatory files for each of their works, in which they compiled the notes resulting from their fieldwork. Such fieldwork inevitably included visits to the places where the narrated action would take place (even if the toponymy of the novel did not correspond to the real toponymy that inspired it). Aesthetically linked to these French masters of Realism and Naturalism, Eça de Queirós and Emilia Pardo Bazán opted, in works such as A Cidade e as Serras, A Ilustre Casa de Ramires, Los Pazos de Ulloa and La madre Natureza, by the fictional recreation of the physical and social spaces that their private life allowed them to know.
Os protocolos de escrita e de leitura instituídos pela ficção realista pressupõem a modelização de espaços romanescos como mundos possíveis que estejam fundamentalmente em conformidade com a experiência empírica do leitor. O protagonismo assumido pelo espaço nos romances realistas e a compreensível expectativa do leitor de encontrar nessas obras mundos habitáveis e reconhecíveis compeliram autores como Flaubert ou Zola a organizarem dossiês preparatórios para cada uma das suas obras, nos quais compilavam os apontamentos resultantes do seu trabalho de campo, que passava, inevitavelmente, pela visita aos locais onde iria decorrer a ação narrada (mesmo que a toponímia do romance acabasse por não corresponder à toponímia real que o inspirara). Esteticamente vinculados a estes mestres franceses do Realismo e do Naturalismo, Eça de Queirós e Emilia Pardo Bazán optaram, em obras como A Cidade e as Serras, A Ilustre Casa de Ramires, Los Pazos de Ulloa y La madre Naturaleza pela recriação ficcional dos espaços físicos e sociais que a sua vida privada lhes permitiu conhecer.
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