Sabendo que foi dentro da corrente marxista que se processou a maior parte das discussões teóricas e políticas sobre o "problema do campesinato" em países capitalistas, com grande influência na academia brasileira, o objetivo deste artigo é analisar a forma com que o campesinato e a questão agrária se estruturaram como objetos de estudo para as ciências humanas no século XX, a partir da aceitação ou rejeição das teses de Karl Marx e das transformações econômicas e sociais ocorridas, sobretudo, fora do mundo acadêmico. Optou-se pela análise dentro do campo da historiografia marxista brasileira, entre as décadas de 1930 e 1980, tentando entender os motivos pelos quais esta área do conhecimento não incorporou as discussões e novos conceitos sobre a 'questão camponesa' que estavam sendo formulados em outros campos.
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