O presente artigo trata do movimento reivindicatório da Polícia Militar de Minas Gerais no ano de 1997. A realização de entrevistas foi a principal fonte de pesquisa. Utilizando-se da História Oral, buscou-se, através das memórias narradas, compreender que tipo de representações foram construídas pelos protagonistas do movimento: os praças. As narrativas evidenciaram que os praças negam que realizaram uma greve e reafirmam valores e princípios ensinados nos quartéis. As narrativas compartilham a presença de um “mito fundador”, conceito trabalhado por Alessandro Portelli ao identificar histórias representativas e significativas partilhadas por uma cultura e o conceito de “honra”, que se justifica pela forte presença da questão moral que permeia as narrativas dos praças.
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