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Resumen de Cidade e cidadela: a nação reimaginada em Janela de Sónia de Manuel Rui

Ludmila Guimarães Maia

  • español

    Janela de Sónia (2009), del escritor angoleño Manuel Rui, narra la saga de una familia refugiada en la guerra civil en Angola, luchando por su supervivencia mientras va construyendo casi un imperio con los destrozos de una ciudad. A medida que la finca se transforma de un espacio abandonado en una empresa próspera, vemos desvelarse a la vez una metonimia de la reconstrucción del país y una metáfora de la capital Luanda. Legitimado por la acción de nacionalización de bienes practicada por el gobierno posindependencia, el protagonista Samuel logra no solo reconstruir la finca, sino también transformarse en el gran proveedor de bienes escasos, contribuyendo igualmente en la reconstrucción de la cuidad de Caála. La imagen ambigua del personaje refleja la realidad del país en la pos-independencia, cuando la transferencia del poder de las manos de los colonos para las élites colonizadas no significó la ruptura de las estructuras de control del capital y de dominación de la población. Luanda representa la autonomía conquistada por los revolucionarios y el modelo de orden y prosperidad en medio al caos bélico, no obstante, siendo la instancia legal primera en el país, actúa también como una amenaza a la posesión legítima de la finca. El objetivo de este trabajo es analizar cómo se da el proceso de reconstrucción del campo y de la ciudad en el contexto bélico pos-independencia, teniendo en cuenta la tensión causada entre esos dos espacios, y comprender como el autor logra construir a la vez una metonimia de la reconstrucción del país y una metáfora de la capital Luanda, en el escenario ambientado en el interior de Angola.

  • português

    Janela de Sónia (2009), do escritor angolano Manuel Rui, narra a saga de uma família refugiada na guerra civil em Angola, lutando pela sobrevivência, enquanto vai construindo um verdadeiro império com os destroços de uma cidade. A medida em que a fazenda transforma-se de um espaço abandonado em uma empresa próspera, vemos desvelar-se, ao mesmo tempo, uma metonímia da reconstrução do país e uma metáfora da capital Luanda. Legitimado pela ação de nacionalização de bens praticada pelo governo pós-independência, o protagonista Samuel logra não só reconstruir a fazenda, senão também se transformar no grande provedor de bens escassos, contribuindo igualmente com a reconstrução da cidade da Caála. A imagem ambígua do personagem reflete a realidade do país no pós-independência, quando a transferência do poder das mãos dos colonos para a elite colonizada não significou a ruptura das estruturas de controle do capital e de dominação da população. Luanda representa a autonomia conquistada pelos revolucionários e o modelo de ordem e prosperidade em meio ao caos bélico, não obstante, sendo a instância legal primeira do país, atua também como uma ameaça à posse legítima da fazenda. O objetivo deste trabalho é analisar como se dá o processo de reconstrução do campo e da cidade no contexto bélico pós-independência, tendo em conta a tensão gerada entre esses dois espaços, e compreender como o autor logra construir, ao mesmo tempo, uma metonímia da reconstrução do país e uma metáfora da capital Luanda, no cenário ambientado no interior de Angola.


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