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O pensamento Leonardo da Vinci

  • Autores: Davi Pessoa Carneiro
  • Localización: Revista Diálogos Mediterrânicos, ISSN-e 2237-6585, Nº. 14, 2018 (Ejemplar dedicado a: Dossiê “Estética, filosofia e política no pensamento italiano contemporâneo: potências para além da península”), págs. 212-221
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Il pensiero Leonardo da Vinci
  • Enlaces
  • Resumen
    • português

      Em Seis propostas para o próximo milênio, Italo Calvino, precisamente na conferência dedicada à "exatidão", escreve: “O justo emprego da linguagem é, para mim, aquele que permite o aproximar-se das coisas (presentes ou ausentes) com discrição, atenção e cautela, respeitando o que as coisas (presentes ou ausentes) comunicam sem o recurso das palavras.” Calvino discute a dificuldade de se encontrar a palavra exata, e jamais há uma adequação absoluta entre o escrito e o não-escrito, visto que a densidade do mundo que nos rodeia impede que a linguagem consiga dar conta da totalidade, mostrando-se sempre lacunar, fragmentária. E qual seria o paradigma desse duelo com a língua, nessa perseguição de algo que escapa à expressão? Leonardo da Vinci! O pensamento Leonardo da Vinci não busca uma unidade, vê poesia na pintura e lê pintura na poesia. Ou seja, mais uma vez, o aspecto sensível das coisas, ou como havia escrito num de seus cadernos: “Todo nosso conhecimento nasce dos sentidos.” Tal observação não deixará de ser percebida por Paul Valéry, quando pensa o método de da Vinci: “Leonardo é um pintor: afirmo que tem a pintura por filosofia”, e também por outros teóricos.

    • italiano

      In Lezioni americane: sei proposte per il prossimo millennio, Italo Calvino, precisamente nella conferenza dedicata alla “esattezza”, scrive: “Il giusto uso del linguaggio per me è quello che permette di avvicinarsi alle cose (presenti o assenti) con discrezione e attenzione e cautela, col rispetto di ciò che le cose (presenti o assenti) comunicano senza parole." Calvino discute la difficoltà di trovare la parola esatta, e non esiste mai un'assoluta adeguatezza tra lo scritto e il non-scritto, poiché la densità del mondo che ci circonda impedisce al linguaggio di essere in grado di rendere conto della totalità, dimostrandosi sempre lacunare, frammentario. E quale sarebbe il paradigma di questo duello con la lingua, in questa persecuzione di qualcosa che sfugge all'espressione? Leonardo da Vinci! Il pensiero Leonardo da Vinci non cerca un'unità, vede la poesia nella pittura e legge la pittura in poesia. Cioè, ancora una volta, l'aspetto sensibile delle cose, o come aveva scritto in uno dei suoi quaderni: “Tutta la nostra conoscenza nasce dai sensi”. Questa osservazione non lascerà di essere percepita da Paul Valéry, quando pensa il metodo da Vinci: "Leonardo è un pittore: affermo che tiene la pittura per filosofia", e pure da altri teorici.


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