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Resumen de A afirmação da finitude como possibilidade para a responsabilização do desejo: notas a partir de Heidegger e Lacan

Renato dos Santos Belo, Juliana Rodrigues Dalbosco

  • português

    O propósito deste artigo é o de evidenciar de que forma a afirmação de ser ser-para-a-morte de Heidegger pode ser entendido como condição de possibilidade para a responsabilização do desejo conforme formulado pela psicanálise lacaniana. Primeiro, descreve-se a estrutura do Dasein heideggeriano, bem como seus existenciais. Em seguida, analisa-se o uso e o sentido da noção de desejo em Lacan.  Tanto numa existência autêntica, quanto num final de análise, onde o sujeito sabe lidar com suas perdas, diante da angústia, ele assume um papel de protagonista de sua existência e consegue se responsabilizar pelo seu desejo. A análise, nesse sentido, serve como uma ferramenta que possibilita o sujeito lidar com este sofrimento decorrente da falta, deste nada que falou Heidegger. Evidentemente que a análise não objetiva eliminar esta falta ontológica, mas tão somente desconstruir os fantasmas que o sujeito construiu para afastar o que lhe é mais próprio, constitutivo de sua estrutura ontológica, qual seja, sua finitude. Portanto, tanto para Heidegger, por meio da afirmação da angústia frente à morte, quanto para Lacan, onde o sujeito assumiu a tragédia de sua existência – no final de análise –, é a afirmação da finitude que possibilita a responsabilização do desejo, de ser autêntico ou, se preferir, sujeito.

  • English

    The purpose of this paper is to demonstrate how Heidegger's claim to being-to-death can be understood as a condition of possibility for the responsibility of desire as formulated by Lacanian psychoanalysis. First, the structure of the Heideggerian Dasein, as well as its existential ones, is described. Next, the use and the sense of the notion of desire in Lacan is analyzed. Both in an authentic existence and at the end of analysis, where the subject knows how to deal with his losses, in the face of anguish, he assumes a role of protagonist of his existence and manages to be responsible for his desire. The analysis, in this sense, serves as a tool that enables the subject to deal with this suffering arising from the lack, of this nothing that Heidegger spoke. Obviously, the analysis does not aim to eliminate this ontological lack, but only to deconstruct the phantasms that the subject has constructed to ward off what is his own, constituting his ontological structure, that is, his finitude. Thus, for Heidegger, through the affirmation of anguish in the face of death, and for Lacan, where the subject has assumed the tragedy of his existence - at the end of analysis - it is the affirmation of finitude that makes it possible to hold the desire, authentic or, if you prefer, subject.


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