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Contratempos de infância e morte

    1. [1] PUC-Rio
  • Localización: Revista letras, ISSN 0100-0888, Nº. 95, 2017, págs. 24-34
  • Idioma: portugués
  • Texto completo no disponible (Saber más ...)
  • Resumen
    • Este ensaio investiga conexões temporais entre as ações de traduzir e esconder, a partir das considerações de Maria Filomena Molder sobre dois textos de Walter Benjamin: “A tarefa do tradutor” e “Criança Escondida”. Discute‐se a temporalidade contrapontística do jogo mimético, que envolve tradutor e criança escondida. Assim como a criança atrás da porta busca adotar as propriedades do esconderijo, permanecendo ereta como um sólido inanimado para não ser descoberta, o tradutor se alojaria no texto a traduzir, incorporando as propriedades da língua estrangeira na língua própria. Este intercâmbio produziria uma dinâmica temporal intermitente, em que as formas são e deixam de ser, num vai‐e‐vem entre a afirmação e a negação da vida. Explora‐se esta hipótese na leitura de Song for Night (2007) do escritor nigeriano Chris Abani.

      A novela confecciona uma voz infantil liminar, oscilando entre vida e morte, para contar experiências‐limite de vulnerabilidade à violência. Narrada por um menino‐soldado escondido na floresta, que tem suas cordas vocais arrancadas na guerra, a obra é o monólogo interior de um narrador emudecido que se comunica com o exterior por língua de sinais. O livro é escrito em inglês, mas a história simula desenrolar‐se num dialeto africano inacessível. A tradução se torna assim imperativa, atuando como princípio construtivo da obra, operador de leitura e dispositivo temporal. Além de marcar o ritmo da experiência oscilante do narrador entre ser e não ser mais, produz demora e dificulta a entrada do leitor na obra, estimulando simultaneamente uma atenção crítica aos seus procedimentos e efeitos.


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