Neste trabalho acompanhamos a releitura que o filósofo e esteta húngaro György Lukács faz da Poética de Aristóteles, em especial a contraposição entre poesia e história.
Nessa linha procuramos formular uma compreensão dialética do fenômeno a partir da qual a poesia é entendida como memória da humanidade. A poesia evoca, preserva e fixa os momentos históricos decisivos, que, dessa forma, podem ser revividos como atuais pelo leitor. Elimina-se assim qualquer contraposição rígida entre poesia e história, como também se afirma que há entre as duas uma relação, esta sim ineliminável, de natureza ontológica. Isto nos levará por fim à noção de realismo.
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