Fernando César Ferreira Gouvêa
Este trabalho tem como objeto de estudo a Formação de Professores numa aproximação histórica com a gestão do educador Anísio Teixeira frente à Campanha de Aperfeiçoamento de Pessoal de nível Superior – CAPES – que abarca o período de 1951 a 1964, situando a instituição no âmbito do aparelho estatal federal num contexto marcado pelo modelo nacional-desenvolvimentista. Entende-se que tal período consolidou o caráter institucional da Pós-Graduação no Brasil com o incremento da formação de quadros para as instituições de ensino superior. O caminho para o alcance do exame do objeto de estudo repousa numa metodologia qualitativa, de caráter histórico, documental e bibliográfico com os aportes da História Cultural e da História Política. Assim, as fontes utilizadas foram relatórios, correspondências, mensagens presidenciais, marcos regulatórios, boletins e revistas articulados sob o signo da utilização de estratégias e táticas por indivíduos e coletivos que edificaram uma rede institucional que levou a CAPES ao papel central na elaboração de políticas públicas educacionais no seio do Ministério da Educação e Cultura. Tal centralidade teve como resultado a construção de um sistema nacional de pós-graduação que constitui um legado a ser examinado no tempo presente no qual percebe-se uma ameaça à manutenção da qualidade deste projeto numa sucessão de cortes de gastos tanto da graduação quanto na Pós-Graduação concernentes ao Ensino Superior brasileiro.
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