Luís Cardoso, Catarina Areias, Joana Gonçalves, João Simões, Mário Cruz, Pedro Tomé, Luís Silva
Introdução: Os corpos estranhos do ouvido, nariz e garganta são um problema comum no serviço de urgência pediátrica. Podem ser classificados como animados e inanimados. Os inanimados podem ser classificado como orgânicos, inorgânicos, corrosivos e higroscópicos.
Existem vários métodos que permitem a sua remoção, no entanto, por vezes, a sedação ou anestesia geral é necessária.
Objetivos: Análise das características demográficas e clínicas dos corpos estranhos pediátricos, classificação do tipo de corpos estranhos, métodos de remoção e complicações.
Material e Métodos: estudo retrospectivo de crianças com diagnóstico de corpos estranhos observado no nosso hospital pediátrico, entre Janeiro de 2014 e Dezembro de 2016.
Resultados: o estudo incluiu 260 pacientes com 57% do sexo masculino 43% do feminino e uma idade média de 5,6 anos.
Localizavam-se nos ouvidos em 45%, no nariz em 35% e na faringe em 20%. Foram classificados em animados em 2%, inorgânicos em 60%, orgânicos em 39%, corrosivos em 1% e higroscópicos em 19%. Os corpos estranhos mais comuns foram os plásticos em 24%, seguidos das espinhas em 20%. A tentativa de remoção prévia ocorreu em 17%. A anestesia geral foi necessária em 9%. As complicações foram documentadas em 10%.
Conclusões: Maioria dos corpos estranhos podem ser facilmente removidos no gabinete de urgênca sem qualquer complicação. A necessidade de sedação/anestesia geral esteve associada à existencia de tentativas prévias de remoção e também à presença de complicações, pelo que as crianças devem ser encaminhadas para o serviço de urgência do departamento de otorrinolaringologia, evitando as tentativas prévias de remoção.
Introduction: Foreign bodies in the ear, nose or throat are a common problem in pediatric emergency department. They may be classified as animate or inanimate. The inanimate can be additional classified as organic, inorganic, corrosive and hygroscopic. Several techniques can be used to remove the foreign body in the office but sometimes sedation or general anesthesia is required. The aim of this study was to analyze demographic and clinical characteristics of pediatric foreign bodies, classify the type of foreign bodies, removal methods and complications.
Material e Methods: Retrospective study of children with diagnosis of foreign bodies observed in our pediatric hospital, between January 2014 and December 2016.
Results: The study included 260 patients with 57% males and 43% females and a mean age of 5,6 years.
They were located 45% in the ears, 35% in the nose and 20% in the pharynx. They were animated in 2%, inorganic in 60%, organic in 39%, corrosive in 1% and 19% hygroscopic. The most common foreign bodies were plastic items in 24% followed by fishbones in 20%. Previous manipulation occurred in 17%.
General anesthesia was required in 9%. Complications were found in 10%.
Conclusions: Most of the foreign bodies can be easily removed in the office without complications. The need of sedation or general anesthesia was associated with previous attempts of removal and with the presence of complications. Previous removal attempts should be avoided, and children must be referred to the otorhinolaryngology department.
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