Colombia
El objetivo de este artículo es presentar los resultados de un análisis a tres movimientos de mujeres víctimas de conflictos armados y de contextos de violencia desde la perspectiva teórica de las ciudadanías comunicativas y el transnacionalismo. A partir del desarrollo de entrevistas a profundidad y estrategias metodológicas de observación-participación, se explora cómo el afecto y las emociones, en particular el dolor por la pérdida, se constituyen en una condición de identidad transnacional que cataliza acciones colectivas para reclamar derechos humanos en la esfera pública. A partir de los resultados arrojados, es posible establecer que las víctimas de conflictos armados o de cualquier contexto de violencia, al abordar e instrumentalizar las dimensiones expresivas de la acción colectiva, pueden restablecer los lazos sociales, políticos y culturales con sus comunidades locales y transformar su condición de víctima a una de ciudadanos. Así, este trabajo concluye que el desarrollo de la agencia de ciudadanía comunicativa genera procesos de construcción de memoria social, reconocimiento y solidaridad, desde una perspectiva subalterna-transnacional. Los grupos sociales de víctimas en los cuales se centra este estudio son Las Madres de la Candelaria (Colombia), Las Mujeres de Negro (Serbia) y Nuestras Hijas de Regreso a Casa (México). El aporte original del artículo es exponer las maneras particulares como surge una nueva subjetividad, la del ciudadano-víctima, quien deja de ser opacado y se empodera de su situación para emprender acciones de reclamación de derechos políticos, sociales, culturales y de reconocimiento en la esfera pública.
The objective of this article is to present the results of an analysis of three movements involving women victims of armed conflict and contexts of violence seen from the theoretical perspective of communicative citizenry and transnationalism. Based on the development of in-depth interviews and the use of observational-participation strategies, the authors explore how affection and emotions, particularly the pain of loss, become a condition of transnational identity that catalyzes collective action to claim human rights in the public sphere. Based on the results of the study, it is possible to establish that the victims of armed conflict or those in any context marked by violence can restore social, political and cultural ties with their local communities and transform their condition as victims into one of citizens by addressing and instrumentalizing the expressive dimensions of collective action. The conclusion is that the development of communicative agency on the part of citizens generates processes to construct memory, recognition and solidarity, from a subordinate-transnational perspective. The social groups of victims on which the study is focused include Las Madres de la Candelaria (Colombia), The Women in Black (Serbia) and Our Daughters Are Back Home (Mexico). The article makes an original contribution by revealing the particular ways a new subjectivity arises, that of the citizenvictim, who ceases to be overshadowed and is empowered by their situation to take action to claim political, social, cultural and recognition rights in the public sphere.
O objetivo deste artigo é apresentar os resultados de uma análise de três movimentos de mulheres vítimas de conflitos armados e de contextos de violência sob a perspectiva teórica das cidadanias comunicativas e do transnacionalismo. A partir do desenvolvimento de entrevistas a profundidade e de estratégias metodológicas de observação-participação, explora-se como o afeto e as emoções, em particular a dor pela perda, constituem-se numa condição de identidade transnacional que catalisa ações coletivas para reivindicar direitos humanos na esfera pública. Com base nos resultados, é possível estabelecer que as vítimas de conflitos armados ou de qualquer contexto de violência, ao abordarem e instrumentalizarem as dimensões expressivas da ação coletiva, podem reestabelecer os laços sociais, políticos e culturais com suas comunidades locais e transformar sua condição de vítima a uma de cidadãos. Assim, este trabalho conclui que o desenvolvimento da agência de cidadania comunicativa gera processos de construção de memória social, reconhecimento e solidariedade, do ponto de vista subalterno- transnacional. Os grupos sociais de vítimas nos quais este estudo se foca são Las Madres de la Candelaria (Colômbia), Women in Black (Sérvia) e Nuestras Hijas de Regreso a Casa (México). A contribuição original deste artigo é expor as maneiras particulares de como surge uma nova subjetividade, a do cidadão-vítima, que deixa de ser ocultado e se empodera de sua situação para empreender ações de reivindicação de direitos políticos, sociais, culturais e de reconhecimento na esfera pública.
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