O presente artigo debruça-se em uma análise da figura do Cronópio, proposta pelo escritor argentino Julio Cortázar, e sua relação com o campo imagético, tendo foco na imagem artística. O objetivo central nesta investigação é, portanto, confirmar a hipótese de que esses sujeitos representam um status de ser que se relaciona com o mundo através das imagens, criando “chaves” de leitura, que permitem uma mirada mais crítica frente a sociedade na qual encontram-se inseridos. Dessa forma, pensamos nesta pesquisa, através de uma abordagem comparatista dos contos “Graffiti”(1980) e “Apocalipse em Solentiname”(1983) e do documentário “Óscar”(2004), a importância de expressões artísticas - principalmente da literatura e artes plásticas - como “pontes” para a construção dessa outra mirada, tendo como hipótese que através do diálogo que se trava entre estas manifestações artísticas, expõem-se aspectos humanos e sociais que constituem o ser que está, de alguma forma, deslocado da sociedade.
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