En este trabajo nos interesa indagar los efectos de las estructuras sociales sobre las expe-riencias corporales de las mujeres, en relación con el pensamiento amoroso en tanto sistema cultural. En este sentido, indagamos los mecanismos de control/regulación que el amor romántico, en tanto ideología, produce y reproduce, favoreciendo las condiciones de de-sigualdad que están a la base de la violencia patriarcal. Nos aproximamos también a las implicancias que dichos mecanismos tienen en las experiencias corporales de las mujeres, y a las estrategias de resistencias subjetivas y colectivas que éstas construyen.
El modelo hegemónico de concebir el amor en nuestras sociedades, integra una ideología que funciona como fuente configuradora de prácticas sociales e individuales, formando parte del proceso de construcción de las relaciones de género. Esta ideología cultural se erige y construye como un aspecto fundamental de la vida de las mujeres, jugando un rol central en el mantenimiento y perpetuación de la subordinación social de éstas. Así ha servido históricamente para justificar la opresión y la violencia patriarcal contra las mujeres. Reflexionar sobre el amor supone reconocer su dimensión política, que no sólo se ex-presa en las instituciones sociales, leyes, políticas públicas (infancia, familia, atención a la discapacidad, entre otras); sino también en la construcción de sujetos social y subjetiva-mente. Repensar la construcción hegemónica del amor “heteropatriarcal y capitalista” nos permite desenmascarar sus funciones en la jerarquización del orden social y la reproducción de la desigualdad entre varones y mujeres".
In this paper we are interested in investigating the effects of social structures about bodily experiences of women in relation to the loving thought as a cultural system. In this sense, we investigate control mechanisms and control/regulation that romantic love, as an ideology, produces and reproduces, favoring inequality conditions that are the basis of patriarchal violence. We are approaching the implications that such mechanisms generate in bodily experiences of women, and strategies of subjective and collective resistance that they built.
The hegemonic model of conceiving love in our societies, integrates an ideology that works as a configured source of social and individual practices as part of the construction process of gender relations. This cultural ideology is erected and constructed as a fundamental aspect of women's life, playing a central role in the maintenance and perpetuation of social subordination of women. This has historically been used to justify oppression and patriarchal violence against women. Reflect on love means recognizing its political dimension, which is expressed not only in social institutions, laws, policies (children, family, attention to disability, among others); but also in building subjects social and subjectively. Rethinking the hegemonic construction of "hetero-capitalist" love allows us to unmask their roles in the hierarchization of social order and the reproduction of inequality between men and women".
Neste trabalho interessa-nos questionar os efeitos das estruturas sociais sobre as experiências corporais das mulheres, no que diz respeito ao pensamento amoroso como sistema cultural. Neste sentido, questionamos os mecanismos de controlo/regulação que o amor romântico, enquanto ideologia, produz e reproduz, favorecendo as condições de desigual-dade que estão na base da violência patriarcal. Abordamos também as implicações que ditos mecanismos têm para as experiências corporais das mulheres e as estratégias de re-sistências subjetivas e coletivas que estas constroem.
O modelo hegemónico de conceber o amor nas nossas sociedades integra uma ideologia que funciona como fonte configuradora de práticas sociais e individuais, fazendo parte do pro-cesso de construção das relações de género. Esta ideologia cultural constrói-se e constitui-se como um aspeto fundamental da vida das mulheres, desempenhando um papel central na manutenção e perpetuação da sua subordinação social. Assim tem servido historica-mente para justificar a opressão e a violência patriarcal contra as mulheres. Refletir sobre o amor supõe reconhecer a sua dimensão política, que se expressa não só nas instituições sociais, leis, políticas públicas (infância, família, atenção à deficiência, entre outras), mas também na construção social e subjetiva de sujeitos. Repensar a construção hegemónica do amor “heteropatriarcal e capitalista” permite-nos desmascarar as suas funções na hierar-quização da ordem social e a reprodução da desigualdade entre homens e mulheres.
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