O ineditismo do estilo e dos processos contranarrativos de elaboração ficcional produzem, a cada nova obra de Lobo Antunes, embaraços e resistências genológicas acrescentados, fruto de uma conceção evolutiva de escrita e de livro, em aproximação progressiva àquilo que, do ponto de vista do método literário, se chama um romance-montagem, pensado como uma espécie de grande caixa de ressonância intertextual e intratextual e fortemente escorada na atenção dada à memória. Por outro lado, a ideia de diluição, elevada a poética literária, parece comandar cada vez mais o trabalho do autor com a linguagem, de obra para obra.
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