Resumen de A Cascais, uma vez. . . e muitas mais!’: o percurso de um escritor, as vivências num lugar
O turista literário ou ‘peregrino literário’ (Herbert, 2001) tem motivações diversas quando procura um lugar literário, definido como “lugar associado aos escritores na sua vida real e que possibilitam definições das suas obras” (Herbert, 2001, 313). Autores, como Baleiro e Quinteiro (2014, 2016), Butler (2000), Hendrix (2014), Herbert (2001), Robinson e Andersen (2002, 2004), têm, igualmente, defendido que os locais de vivência de um escritor são uma fonte de atração turística. Ora, a leitura da obra literária do escritor e presencista António José Branquinho da Fonseca (1905-1974), desperta a curiosidade quer para ir à descoberta dos lugares representados nas suas obras quer para percorrer lugares onde viveu, trabalhou e morreu. O projecto da Biblioteca Móvel de Cascais e, posteriormente, o das Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian com repercussões em Portugal Continental e Insular, se bem que ligado ao livro e à respectiva divulgação, desviou-o da escrita. Contudo, os lugares onde habitou e trabalhou, no centro de Cascais e, mais tarde, Malveira da Serra, ficaram, indelevelmente, marcados pela sua presença.
