Brasil
Em A desumanização (MÃE, 2014), Halla, narradora e personagem, transitando pela natureza fabulosa dos fiordes, conta a sua história enredando rastros de lembranças e de memórias lendárias com o que resta para viver. Nesse contar, a escrita literária revela “uma linguagem duplicada, já que, ao mesmo tempo que conta uma história, que conta alguma coisa, deverá, a cada instante, mostrar e tornar visível o que a literatura é, o que a linguagem da literatura é” (FOUCAULT, 2016, p. 90). O objetivo que norteia este estudo pretende abordar na escritura do romance os aspectos performáticos da escrita literária que, a partir da poética da desumanização, configura a errância do sujeito que transita entre a vida e a morte e a errância da escrita que transita entre a prosa e a poesia; entre a ficção e o ensaio poético.
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