Brasil
Este texto tem por objetivo analisar parte dos debates criminológicos acerca da pena de morte no Rio de Janeiro nos anos 1930, com especial atenção para o conteúdo e maneira como os saberes biomédicos e psicológicos foram mobilizados. O recorte se justifica pelo aumento do debate sobre o assunto na ambiência intelectual médico-jurídica do período, sobretudo entre 1934 e 1939. Centraremos nossa análise nos posicionamentos dos membros da Sociedade Brasileira de Criminologia (SBC), e no conteúdo do livro do advogado Jurandyr Amarante, A Pena de Morte (1938). Tal análise é feita com a inscrição e cotejamento de seus posicionamentos em meio a comunidade de debate da qual fazia parte. Procura-se, por um lado, perceber quais as ideias e noções biológicas e psicológicas mobilizadas na oposição e a favor da pena de morte, com ênfase no tema da (in) corrigibilidade dos criminosos e mostrar de que maneira o tema trazia à tona posicionamentos políticos gerais e específicos juristas e médicos.
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