El presente artículo, sustentado en la noción weberiana de cierres sociales de las profesiones y de factores de desprofesionalización, se propone describir el modo de hacer sociología en Chile, en un contexto de límites difusos entre disciplinas que confluyen en el campo de la intervención social directa. Es decir, un contexto donde los sociólogos que se desempeñan en la ejecución de programas sociales en el país ven traspasadas sus jurisdicciones disciplinares por otras profesiones del área. Con la finalidad de discutir la hipótesis sobre la existencia en nuestra América de un estilo de pensar y hacer sociología, diferente al que se desarrolla en otras latitudes, se desarrolló una investigación con enfoque cualitativo mediante entrevistas in situ, a lo largo de todo el país, a sociólogos/as que trabajan ejecutando programas sociales. Los hallazgos alcanzados luego del análisis de contenidos se circunscriben a la evolución de la sociología en Chile, a los límites profesionales de esta como construcción relativa y a la especificidad de la sociología. Sobre la base de las características del surgimiento de la sociología chilena y de las subjetividades profesionales vertidas en los discursos recogidos, se concluye que, si bien están presentes factores de desprofesionalización, la sociología en el país no estaría experimentando tal fenómeno, sino que más bien correspondería a un modo particular de pensar y hacer sociología en Latinoamérica, derivado de su origen bicéfalo: como disciplina y como profesión. Es decir, con un alma en que anidan inquietudes propiamente intelectuales que conviven con anhelos de transformación social. La relación dialéctica entre ambos componentes haría de la sociología chilena una disciplina y una profesión generadora de un espiral de conocimientos socialmente útiles, y le daría rasgos particulares como una sociología comprometida con valores ligados a la transformación social, lo que se plasma en una intervención activa en la sociedad.
Neste artigo, apoiado na noção weberiana de encerramentos sociais das profissões e de fatores de desprofissionalização, propõe-se descrever o modo de fazer Sociologia no Chile, em um contexto de limites difusos entre disciplinas que confluem no campo da intervenção social direta. Isto é, um contexto no qual os sociólogos, que desempenham a execução de programas sociais no país, veem suas jurisdições disciplinares transpassadas por outras profissões da área. Com o objetivo de discutir a hipótese sobre a existência, em nossa América, de um estilo de pensar e fazer Sociologia, diferentemente do que é desenvolvido em outras latitudes, foi desenvolvida uma pesquisa com abordagem qualitativa mediante entrevistas in situ, em todo o país, com sociólogos e sociólogas que trabalham executando programas sociais. Os resultados alcançados na análise de conteúdos estão circunscritos na evolução da Sociologia no Chile, nos limites profissionais dessa evolução como construção relativa e na especificidade da Sociologia. Com base nas características do surgimento da Sociologia chilena e nas subjetividades profissionais presentes nos discursos coletados, conclui-se que, embora estejam presentes fatores de desprofissionalização, a Sociologia no país não estaria experimentando tal fenômeno, mas sim corresponderia a um modo particular de pensar e fazer Sociologia na América Latina, derivado de sua origem bicéfala: como disciplina e como profissão. Em outras palavras, com uma alma que recebe inquietudes propriamente intelectuais que convivem com anseios de transformação social. A relação dialética entre ambos os componentes faria da Sociologia chilena uma disciplina e uma profissão geradora de um espiral de conhecimentos socialmente úteis e lhe daria traços particulares como uma sociologia comprometida com valores ligados à transformação social, o que se registra numa intervenção ativa na sociedade.
The article draws on Weber’s notion of social closure of professions and of deprofessionalization factors in order to describe the way of doing sociology in Chile, in the context of vague boundaries among disciplines that converge in the field of direct social intervention. This is a context in which sociologists working on the implementation of social programs in the country have to face the fact that their disciplinary jurisdictions are being crossed by other professions in the area. In order to discuss the hypothesis regarding the existence of a style of thinking and doing sociology in our America, different from that developed in other parts of the world, a qualitative research project was carried out through in situ interviews with male and female sociologists working on the implementation of social programs throughout the country. The results obtained after the analysis of contents are framed within the evolution of sociology in Chile, its professional boundaries as a relative construction, and the specificity of sociology. On the basis of the characteristics of the emergence of Chilean sociology and of the professional subjectivities reflected in the gathered discourses, the article concludes that although there are deprofessionalization factors, sociology in the country is not experiencing that phenomenon. Rather, what can be observed is a particular manner of thinking and doing sociology in Latin America, derived from its two-pronged origin as a discipline and as a profession, with a soul that includes both strictly intellectual concerns and desires of social transformation. The dialectic relation between these two components makes Chilean sociology a discipline and a profession that generates a spiral of socially useful knowledges, and explains its peculiar features as a sociology committed to values related to social transformation, which translates into an active intervention in society.
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