Este artículo busca comprender las particularidades que asume la problemática de la conciliación trabajo y familia en América Latina. Para ello se acude a la perspectiva teórica de la conciliación familia y trabajo y se analiza el caso de la empresa argentina Yacimientos Petrolíferos Fiscales (ypf) y sus trabajadores. Se recuperan las posibilidades y dificultades que la firma promueve en relación con la conciliación y las maneras en que sus trabajadores, tanto hombres como mujeres, asumen y organizan sus responsabilidades domésticas y laborales.La investigación se desarrolló con un abordaje metodológico cualitativo mediante el cual se realizaron treinta y dos entrevistas en profundidad a trabajadores/as de la refinería La Plata, Provincia de Buenos Aires, Argentina. La elección de este caso de estudio se fundamenta en dos cuestiones: en primer lugar, porque al igual que en todas las firmas petroleras a nivel mundial, la composición de la planta de trabajadores de la empresa ha estado siempre masculinizada, con lo cual pueden verse las particularidades de la conciliación en este contexto. En segundo lugar, porque en Argentina la explotación y producción petrolera realizada por la firma se volvió central ―al igual que en otros países de América Latina― para el desarrollo nacional.Los hallazgos de esta investigación señalan que, al no existir políticas empresariales de conciliación, los varones y las mujeres ensayan estrategias distintas para lograr la imbricación del mundo laboral y familiar. Así, mientras las mujeres petroleras se dirimen entre la organización de su vida familiar (acompañadas habitualmente por alguna empleada doméstica) y su inserción ocupacional, los varones petroleros se dedican fundamentalmente a sus labores en la firma y delegan las responsabilidades domésticas a sus parejas.La conclusión central es que la inexistencia de políticas de conciliación y la articulación-tensión de la conciliación doméstica con relación a la familia y el trabajo tienden a perpetuar las desigualdades de género existentes.
The article seeks to understand the peculiarities involved in the issue of achieving work-family balance in Latin America. To that effect, it uses the theoretical perspective of work-family balance to analyze the case of Argentina's leading oil company, Yacimientos Petrolíferos Fiscales (ypf), and its workers. It discusses the possibilities promoted by the firm with respect to that balance, as well as the difficulties that arise and the ways in which both male and female workers assumer and organize their family and work responsibilities.The research was carried out with a qualitative methodology involving thirty-two in-depth interviews with male and female workers of La Plata refinery, Province of Buenos Aires, Argentina. The criteria for selection of this particular study case were, first, the fact that like in all oil companies in the world, YPF's personnel has always been predominantly male, which makes it possible to observe the peculiarities of the work-family balance in this context. Secondly, because the oil exploitation and production carried out by the company became essential for national development in Argentina ―as is the case in other Latin American countries.Research findings show that in the absence of corporate policies regarding balance, males and females adopt different strategies to achieve harmony between work and family life. Thus, while female oil workers are torn between the organization of their family life (usually with the help of a household worker) and their occupational tasks, men in the industry are basically dedicated to their work in the company and delegate their household responsibilities to their spouses. Our main conclusion is that the absence of policies regarding balance and the articulation-tension involved in trying to achieve balance between family and work tend to perpetuate the existing gender inequalities.
Este artigo procura compreender as particularidades que a problemática da conciliação trabalho e família assume na América Latina. Para isso, recorre-se à perspectiva teórica da conciliação família e trabalho, e analisa-se o caso da empresa argentina Yacimientos Petrolíferos Fiscales (ypf) e seus trabalhadores. Recuperam-se as possiblidades e dificuldades que a firma promove em relação à conciliação e as formas em que seus trabalhadores, tanto homens quanto mulheres, assumem e organizam suas responsabilidades domésticas e profissionais.Esta pesquisa foi desenvolvida com uma abordagem metodológica qualitativa mediante a qual foram realizadas 32 entrevistas em profundidade com trabalhadores/as da refinaria La Plata, Província de Buenos Aires, Argentina. A escolha desse caso de estudo foi fundamentada em duas questões: em primeiro lugar, porque assim como em todas as empresas petroleiras no mundo, a composição da planta de trabalhadores da empresa está sempre masculinizada, com o que podem ser vistas as particularidades da conciliação nesse contexto. Em segundo lugar, porque, na Argentina, a exploração e produção petroleira realizadas pela firma se tornaram centrais — da mesma forma que em outros países da América Latina — para o desenvolvimento nacional.Os resultados desta pesquisa indicam que, enquanto não existirem políticas empresariais de conciliação, os homens e as mulheres ensaiam estratégias diferentes para conseguir a integração entre o mundo profissional e o familiar. Assim, enquanto as mulheres petroleiras se decidem entre a organização de sua vida familiar (acompanhadas geralmente por alguma empregada doméstica) e sua inserção ocupacional, os homens petroleiros se dedicam fundamentalmente a seus trabalhos na companhia e delegam as responsabilidades domésticas a suas companheiras.A conclusão central é que a inexistência de políticas de conciliação e a articulação-tensão da conciliação doméstica com relação à família e ao trabalho tendem a perpetuar as desigualdades de gênero existentes.
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