Pretende-se demonstrar que a poesia de Arquíloco de Paros, embora se revele herdeira da tradição poética anterior e apresente muitos aspectos comuns com a floração poética da Grécia arcaica, dela se distancia na medida em que não elege como principal eixo temático a celebração dos grandes feitos divinos e humanos. Um novo fazer poético instaura-se, então: ao épainos substitui o psógos, que além de expressão do vitupério, abrange também o campo semântico do geloíon, conforme propõe Bakhtin. Analisam-se, à guisa de exemplo, os fragmentos 101W, 114W, 125W e 133W.
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