Argentina
La apertura lograda por el movimiento feminista ha permitido no sólo el crecimiento de la participación femenina en espacios anteriormente vedados, sino también una reconfiguración de los ideales del cuerpo femenino, que continúan en tensión con los estereotipos hegemónicos del cuerpo moderno y atractivo. A pesar de que el running está asociado a una práctica de liberación y encuentro individual, las grandes marcas e industrias deportivas se encargan de reproducir determinadas imágenes colectivas a través de influencers y “embajadores” que imparten consejos en las redes sociales sobre el consumo de ciertos productos asociados a una identidad y estética runner. El objetivo de este trabajo es analizar las representaciones que se construyen a partir del running, prestando atención a la participación de mujeres en esta práctica, sabiendo que el cuerpo es el elemento central de la misma y que el mercado tiene un lugar fundamental para pautar las necesidades. Para ello, reflexionaré sobre mis registros de observación de trabajo de campo y analizaré una serie de publicidades, videos e imágenes en las redes sociales (particularmente Instagram y YouTube), donde esta actividad deportiva es representada, o se auto-representa, como modelo/ejemplo del nuevo ideal de individuo y de cuerpo.
The advances achieved by the feminist movement since the 1970s have also been reflected in athletics, evidenced by exponential growth in women's participation, and by the reconfiguration of the new ideals about the female body, still in a continuous tension between the hegemonic stereotypes of the modern and attractive body constructed by western society. Although running is related to an introspective and individual practice of liberation, important brands and sport industries promote their products linked to a runner esthetic and identity utilizing specific “models,” known as influencers or “ambassadors.” The objective of this article is to analyze the representations which are constructed in running, with a focus on the participation of women in this sport, understanding that the body is a central element and that the market occupies a fundamental role in determining the “necessities” linked to consumption. To this end, I will reflect on my own fieldwork and analyze a series of advertisements, videos, and images on social media (specifically Instagram and YouTube) in which sporting activities are represented, or self-represented, as models of the new ideal of the individual and the body.
A abertura alcançada pelo movimento feminista permitiu não só o crescimento da participação feminina em espaços antes proibidos, mas também uma reconfiguração dos ideais do corpo feminino, que continuam em tensão com os estereótipos hegemônicos do corpo moderno e atrativo. Apesar do fato de a corrida estar associada a uma prática de libertação e encontro individual, as grandes marcas e indústrias esportivas são responsáveis por reproduzir certas imagens coletivas através de influenciadores e “embaixadores” que dão conselhos nas redes sociais sobre o consumo de certas produtos associados a uma estética de identidade e corredor. O obje- tivo deste trabalho é analisar as representações construídas a partir da corrida, atentando para a participação das mulheres nessa prática, sabendo que o corpo é seu elemento central e que o mercado tem um lugar fun- damental para orientar as necessidades. Para fazer isso, vou refletir sobre minhas observações de campo e vou analisar uma série de publicidade, vídeos e imagens em redes sociais (particularmente Instagram e You- Tube), onde esta atividade esportiva é representada, ou auto-representada, como um modelo do novo ideal de indivíduo e corpo.
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