Brasil
In the Brazilian state of Mato Grosso do Sul, the question of maroon identity has served as a point of contention between the state’s Historical and Geographical Institute and the Palmares Foundation. The former issued a resolution in 2008, stating that they do not recognize the presence of any remaining maroon-descendent community in the state. The latter recognized 22 distinct maroon-descendent communities in 2017. This article proposes a new narrative for black history, in dialogue with maroon communities and with academic knowledge, that has the potential to rewrite the history of African descendants in the region. Such an approach places what were once subordinates as the protagonists of the process of settling the Brazilian west and has implications on the definition of public service policies for these communities, in conflict with other political and economic interests.
Em Mato Grosso do Sul, a questão da identidade quilombola opôs o Instituto Histórico e Geográfico do estado e a Fundação Palmares. O primeiro emitiu parecer, em 2008, afirmando não reconhecer a presença de qualquer núcleo remanescente quilombola no estado. A segunda certificou 22 comunidades como sendo de remanescentes quilombolas até 2017. Esse artigo propõe uma nova narrativa para a História do negro na região, em diálogo com as comunidades e o conhecimento acadêmico com o potencial de reescrevermos a história dos negros na região, deslocando-os da posição de subordinados para a de protagonistas no processo de ocupação do oeste do Brasil com implicações na definição de políticas públicas de atendimento a essas comunidades, em conflito com outros interesses políticos e econômicos.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados