En el 7 de agosto de 1820, mientras la corte estaba en Brasil, William Beresford presenta al monarca, D. João VI, el nuevo Código Penal Militar que resultaba de un proceso iniciado en 1802 y en que participaron varias comisiones. El objetivo era actualizar y sistematizar los asuntos disciplinarios, penales y judiciales militares cuyo modelo vigente correspondía a la reforma introducida por el conde de Lippe, en 1763-1765. La estructura es cuidadosa y detallada, imputándose la maestría del trabajo a Manuel Borges de Carneiro que había sido nombrado para el cargo de secretario de la dicha Junta. Sin obstáculos que impidiesen su aprobación, la entrada en vigor no tuvo lugar ni en Portugal ni en Brasil debido a la eclosión del movimiento revolucionario del 24 de agosto de 1820. Por esta razón, el general inglés que estaba de regreso en Lisboa y que se hacía acompañar por el nuevo diploma de derecho penal militar fue impedido de desembarcar. Rechazada su aplicación por el nuevo gobierno, fue necesario esperar hasta 1875, año en que fue aprobado el primer Código de Justicia Militar.
On August 7th, 1820, while the court is in Brazil, William Beresford presents to the monarch, D. João VI, the new Military Penal Code that resulted from a process that began in 1802 which involved several commissions. The aim was to update and systematize the military disciplinary, criminal and judicial matters whose current model corresponded to the reform introduced by the Count of Lippe, in 1763-1765. Its structure was very detailed, imputing the mastery of the work to Manuel Borges de Carneiro. Without any obstacles to its approval, its appliance did not take place neither in Portugal nor in Brazil because of the outbreak of the liberal war that took place on 24th August 1820. Rejected by the new government, the first Portuguese Code of Military Justice was only approved in 1875.
A 7 de Agosto de 1820, estando a corte no Brasil, William Beresford apresenta ao monarca, D. João VI, o novo Código Penal Militar que resultava de um processo iniciado em 1802 em que tinham estado envolvidas várias comissões. O objectivo era actualizar e sistematizar a matéria disciplinar, penal e judiciária militar cujo modelo vigente correspondia à reforma introduzida pelo conde de Lippe, em 1763-1765. A estrutura apresenta-se de modo cuidado e detalhado, imputando-se a mestria do trabalho a Manuel Borges de Carneiro que tinha sido nomeado para o cargo de secretário. Sem que tenham sido dados a conhecer quaisquer obstáculos à sua aprovação, a sua entrada em vigor não ocorreu nem em Portugal, nem no Brasil, em virtude da deflagração das guerras liberais que tiveram início em 24 de Agosto de 1820, tendo os seus representantes impedido o desembarque do general inglês que, de regresso a Lisboa, fazia-se acompanhar do diploma de direito penal militar. Rejeitada a sua vigência pelo novo governo, houve que esperar por 1875 ano em que se assistiu à aprovação do primeiro Código de Justiça Militar.
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