Brasil
O presente estudo analisou experimentalmente os efeitos do treino de relações condicionais (e.g., AB e BC) sobre a aquisição de suas relações simétricas (BA e CB) e transitivas (AC e CA). Foi empregado um procedimento de pareamento arbitrário ao modelo envolvendo nove conjuntos (A-B-C, A’-B’-C’ e A”-B”- C”), cada qual com quatro estímulos. Quatro participantes adultos foram submetidos a um treino de 48 relações condicionais que compuseram três grandes grupos. Do Grupo I, foram treinadas todas as 24 possíveis relações condicionais estabelecidas entre os estímulos dos conjuntos A-B-C, ou seja, as relações AB e BC e suas correspondentes relações simétricas (BA e CB) e transitivas (AC e CA). Do Grupo II, foram treinadas somente as oito relações A’B’ e B’C’. Do Grupo III, foram treinadas somente as 16 relações B”A”, C”B”, A”C” e C”A”. Dessa forma, em condições permanentes de reforçamento, avaliou-se comparativamente a aquisição de relações condicionais na presença (Grupo I) e na ausência (Grupos II e III) do treino de relações simétricas. Os resultados mostraram que as relações condicionais treinadas juntamente com suas contrapartes simétricas (Grupo I) foram aprendidas mais rapidamente e com menor acúmulo de erros do que as relações condicionais treinadas na ausência de tais contrapartes (Grupos II e III). Efeitos semelhantes não foram sistematicamente verificados sobre o treino de relações transitivas, sugerindo, assim, a existência de variáveis distintas no controle do responder simétrico e transitivo. Esses resultados sugerem alternativas metodológicas a serem aplicadas em condições nas quais discriminações condicionais sejam avaliadas na ausência de reforçamento.
The present experiment analyzed the effects of conditional discrimination training (e.g., AB and BC) on the acquisition of symmetry (BA and CB) and transitivity relations (AC and CA). An arbitrary matching-to-sample task involving 9 four-stimulus sets was employed. Four normal adults were exposed to the training of 48 conditional discriminations distributed in three different groups. Group I included all possible 24 conditional relations established among the stimuli in A-B-C sets, that is, the AB and BC relations and their symmetric BA and BC and transitive AC and CA counterparts. Group II included only the relations A’B’ and B’C’. Group III included only B”A”, C”B”, A”C” and C”A” relations. Under continuous reinforcement conditions, the procedure compared the acquisition of conditional discriminations with (Group I) and without (Groups II and III) symmetric counterparts. Main results showed that the conditional relations were acquired earlier in training and accumulated fewer errors when accompanied by their symmetric counterparts (Group I versus Groups II and III). Similar effects were not observed on the training of transitivity relations, possibly indicating that different variables controlled symmetry and transitivity. These results suggest methodological alternatives to the procedures that typically evaluate conditional discriminations in the absence of reinforcement.
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