Sobre la base de fuentes documentales y entrevistas informales a profesionales que actúan en el área de la adopción de niños, en este artículo proponemos describir algunas transformaciones en el campo de la adopción de niños y adolescentes en Brasil a lo largo de los últimos treinta años. Iniciamos con una observación metodológica: la falta de datos sistemáticos sobre adopción doméstica. Consideramos luego el énfasis creciente que en los últimos años ha tenido la adopción por parte del Registro Nacional de Adopción (en particular de niños y niñas mayores) como solución para el gran número de jóvenes en acogimiento institucional. Sugerimos así el avance de una visión pragmática calcada en los derechos individualizados del niño/a como principio guía de las políticas de protección, al mismo tiempo que retroceden los discursos sobre “justicia social” y “reintegración familiar” asociados a los primeros años de vigencia del Estatuto da Criança e do Adolescente. Volvemos así a los debates em torno de las “adopciones directas” y desarrollamos la hipótesis de que, a pesar de su poca legitmidad y cero visibilidad en los discursos oficiales, ellas ejercen una gran influencia em las prácticas de adopción en Brasil. Finalmente señalamos ciertos silencios en el campo de la adopción que dificultan tanto la evaluación de las políticas actuales como la planificación de políticas eficaces en el futuro.
A base de fontes documentais e entrevistas informais com profissionais com atuação na área, propomos nesse artigo descrever algumas mudanças no campo de adoção de crianças e adolescentes no Brasil ao longo dos últimos trinta anos. Iniciamos por uma observação metodológica: a falta de dados sistemáticos sobre adoção doméstica. Passamos à consideração de uma ênfase crescente nos últimos anos na adoção pelo Cadastro Nacional de Adoção (em particular de crianças mais velhas) como solução para o número grande de jovens em acolhimento institucional. Sugerimos que avança uma visão pragmática calcada nos direitos individualizados da criança como princípio norteador das políticas de proteção, ao mesmo tempo que recuam os discursos sobre “justiça social” e “reintegração familiar” associados aos primeiros anos do Estatuto da Criança e do Adolescente. Trazemos então os debates em torno de “adoções diretas”, desenvolvendo a hipótese de que, apesar de sua pouca legitimidade e zero visibilidade nos discursos oficiais, elas exercem uma grande influência sobre as práticas de adoção no Brasil. Terminamos por sublinhar certos silêncios no campo de adoção que dificultam tanto a avaliação de políticas atuais quanto o planejamento de políticas eficazes no futuro.
Based on documental sources and informal interviews with professionals involved in this theme, we propose in this article to describe changes in the field of child adoption in Brazil over the past thirty years. We begin with a methodological observation on the lack of systematic statistics on domestic adoption. We proceed to consider a growing emphasis in recent years on adoption through the National Adoption Registry (in particular of older children) as a solution for the large number of youngsters in institutional care. We suggest that a pragmatic view based on the individualized child’s rights has gained ground, at the same time that discourses on “social justice” and “family reintegration”, associated with the beginning years of the Children’s Code, have been toned down. We then turn to the debates around “direct adoptions”, raising the hypothesis that, although suffering from doubtful legitimacy and zero visibility in official discourse, they exert a great influence on adoption practice in Brazil. We finish by underlining silences in the field of child adoption that hinder the evaluation of present policies as well as the planning of effective policies in the future.
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