Roberta Barros Meira, Daniel Campi, Mariluci Neis Carelli
O presente trabalho examina a circulação de saberes nas exposições universais que ocorreram na segunda metade do século XIX. Pretende contribuir para essa discussão ao analisar os padrões de apresentação dos produtos nos pavilhões brasileiros e argentinos. Vale-se dos documentos produzidos pelas comissões para demonstrar a importância das riquezas naturais e agrícolas em um cenário de concorrência nos mercados internacionais, assim como dos relatórios apresentados pelo Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas do Brasil e pelo Departamento de Agricultura de la Republica Argentina. Nesse sentido, propõe-se a discutir as mudanças geradas pelo fortalecimento da ciência e dos técnicos, partindo da circulação de saberes e tecnologias entre um grupo de homens – que abarcava agricultores e estadistas. Escolheu-se trabalhar em duas direções: na vinculação das exposições mundiais com os projetos da elite agrária que priorizavam a exploração das riquezas naturais e, paralelamente, na ligação entre as exposições mundiais e a propaganda imigrantista.
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