With regard to Koselleck's suggestion that a concept is not just a "linguistic fact" but an "indicator" of something that lies beyond language, this article examines the meanings and forms of appropriation of those terms used to refer to the large slave population, free coloured men, which lived in the province of Minas Gerais, in the early days of constitutionalism. Informed by historical experience of ethnic, racial and social divisions, expressions such as "lowest" and "anarchic classes" shaped the discourse and practice of local political elites, revealing the impossibility of employing the term people (povo) in a comprehensive sense.
Referendado na proposição koselleckiana, segundo a qual um conceito é não apenas um "fato linguístico", mas um "indicador" de algo que se situa para além da língua, o artigo avalia os significados e apropriações daqueles termos que, na conjuntura do constitucionalismo, aludiram à numerosa população escrava, forra e livre de cor radicada na província de Minas Gerais. Carregadas da experiência histórica informada pelas clivagens étnicas, raciais e sociais aí presentes, expressões como a "anárquica plebe" ou as "perigosas classes ínfimas" moldaram o discurso e a prática política das elites mineiras, denunciando a inviabilidade de se tomar a idéia de povo num sentido abrangente.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados