O presente artigo analisa por quais motivos os assentados do assentamento norte-fluminense Francisco Julião permanecem ou abandonam seus lotes, desistindo de serem beneficiados pelo Programa Nacional de Reforma Agrária. Para isso, damos uma especial atenção para os desdobramentos diretos de políticas públicas na vida dos assentados, nas relações de grupos familiares, indivíduos e atores presentes dentro do assentamento. Através de uma metodologia de observação participante ao longo dos anos de 2013 e 2014, constatamos a existência de dificuldades ocasionadas pela falta ou atraso de políticas públicas, abrindo margens para casos de evasão. Por outro lado, observamos relações de reciprocidade que operam como estratégias de permanência, a fim de contornar os problemas ocasionados pela ausência de políticas públicas.
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