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Resumen de Memoria, olvido y perdón en la Gran Guerra. El universo femenino en Frantz (Ozon, 2017)

Mercedes Pombo, Zulema Marzorati

  • español

    El presente artículo propone analizar el film Frantz centrándose en los cambios de la mujer a lo largo de la historia. El relato, contextualizado en Alemania y Francia a fin de la Primer Guerra Mundial, muestra las consecuencias de la guerra dadas por la muerte de hombres jóvenes, tragedias familiares y desolación, lo cual destruyó la confianza que los europeos habían tenido hasta entonces en su propia civilización. Con un discurso antibelicista el texto fílmico rememora esa etapa de desilusión y desesperanza a través de sus tres personajes centrales: Frantz, alemán muerto en las trincheras, Anna, su novia y Adrien, francés que se presenta en Alemania como un amigo de Frantz de antes de la guerra.

    Como la historia no puede desprenderse de los discursos ni de las imágenes que la representan el objetivo de nuestro trabajo es abordar la construcción de la memoria (y los riesgos del olvido) sobre las consecuencias de la Gran Guerra a la vez que indaga sobre la mirada femenina en este contexto. Según de Beauvoir (1987) es posible inferir que las características consideradas propias de las mujeres no resultan de lo natural sino como un complejo proceso social. Las mujeres adquieren características consideradas como femeninas mediante un procedimiento que las determina como la contracara de lo masculino.

    En el film podemos analizar claramente estos roles y cómo en el transcurso de la historia estos límites van desdibujándose para dar lugar a nuevos paradigmas. Ozon se centra en la figura femenina, Anna, quien de simple espectadora que espera y sufre la pérdida de su amado, se transforma a lo largo del relato en una mujer activa. Es a través de su mirada que el realizador reflexiona sobre lo absurdo de la guerra, el perdón y la reconciliación, el arte como escape al horror y en particular la búsqueda de la libertad de la mujer en una sociedad patriarcal.

  • English

    The actual paper intends to analyze the film Frantz pointing the woman´s changes along History.The story in both, a German and French context at the end of First World War, shows the war consequences due to young men´s death; familiar tragedies and desolation, destroying the reliability that Europeans had had in their own civilization until then. With an antibelicist discourse, the filmical text reminds that time of desolation and unreliability through three central characters: Frantz, a German dead in trenches¸ Anna, his girl-friend and Adrien, a French who introduces himself as Frantz´s friend before war.

    As History can´t be unfastened from discourses and images that represent it, the aim in our paper is to board memory construction (and forgetfulness risks) about the consequences of The Great World War, at the same time it inquieries about feminine perspective in this context. De Beauvoir thinks that it´s posible to infer that characteristics inherent to women don´t come from nature but as a social complex process. Women take characteristics considered as feminine through a procedure that makes them as the opposite face of the masculine aspect. In the film we can clearly analyze these roles and how in the lapse of the story these borders are being out of perspective to give place to new paradigms.

    Ozon centralizes it in Anna, feminine figure, who from a simple spectator that waits and suffers her beloved´s lost, turns into in an active woman along the story. It´s through her view that the director reflects about the absurdity of war, the forgiveness and reconciliation, the art as escape from horror, and in particular the search of woman´s freedom in a patriarcal society.

  • português

    O presente artigo propõe analizar o filme Frantz focalizando nas mudanças da mulher ao longo da história. O relato adaptado na Alemanha e na França no final da Primeira Guerra Mundial, mostra as consequências da guerra dadas pelas mortes de homens jovens, tragédias familiares y desolação, na qual destruiu a confiança que os européus tinham ate então na sua civilização. Com um discurso antibelicista o texto do filme relembra esta etapa de desilusão e falta de esperança através dos seus três personagens centrais:

    Frantz, alemão morto nas trincheiras; Anna, a sua namorada e Adrien, francês que se apresenta na Alemanha como un amigo de Frantz de antes da guerra.

    Como a história não pode se separar dos discursos nem das imagens que a representam, o objetivo do nosso trabalho é abordar a construção da memória (e dos riscos do esquecimento) sobre as conseqüências da Grande Guerra, ao mesmo tempo indaga sobre o olhar feminino neste texto. Segundo de Beauvoir (1987) é possível inferir que as características consideradas próprias das mulheres não são naturais, senão como um complexo processo social. As mulheres adquirem características consideradas como femininas mediante um procedimento que as determina como a contra cara do masculino. No filme, podemos analisar claramente cada papel e como no transcurso da história estes limites vão aparecendo para dar lugar a novos paradigmas.

    Ozon centra o seu olhar na figura feminina, Anna, quem de simples espectadora espera e sofre a perda do seu amado, se transforma ao longo do relato em uma mulher ativa. É através da sua observação que o diretor reflete sobre o absurdo da guerra, do perdão e a reconciliação, a arte como uma fuga do horror e em particular, da busca da liberdade da mulher numa sociedade patriarcal.


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