Luís de Freitas Branco (1890-1955) was, during the decade of 1910, connected with the Portuguese monarchist movement Integralismo Lusitano, and from this relationship, important writings and musical works emerged. Besides the composition of works based on texts (poems and stories) written by the main thinkers of Integralismo Lusitano – O motivo da planície, Soneto dos repuxos, Minuete, three songs based on António Sardinha’s sonnets; Viriato, a symphonic poem based on the tale Funerais de Viriato by Hipólito Raposo; and Canto do mar, for tenor and orchestra, with a text by Alberto de Monsaraz – other non-programmatic musical works seem to match the ideologies of the movement, such as the Concerto for Violin and Orchestra, Balada for piano and orchestra and the first Alentejo Suite. In this article we discuss and analyse part of Luís de Freitas Branco’s production of the 1910s, relating it to the ideals of Integralismo Lusitano. We aim to demonstrate in which ways Integralismo, founded, in the first place, as a literary and political movement, could have had its musical counterparts, and how Freitas Branco’s connection with it influenced his later work. Selecting two of his major works, the Symphony no. 1 and Madrigais camonianos for mized choir a cappella, we will try to explain Freitas Branco’s neoclassicism from the 1920s and 1930s according to what we consider to be its roots: the composer’s ideals from the 1910s, related chiefly to his collaboration with Integralismo Lusitano’s activities and propaganda.
Luís de Freitas Branco (1890-1955) aproximou-se, durante a década de 1910, do movimento monárquico português Integralismo Lusitano, emergindo dessa ligação escritos e obras musicais relevantes. Além da composição de obras baseadas em textos (poemas e contos) escritos pelos principais intelectuais do Integralismo Lusitano, como O motivo da planície, Soneto dos repuxos e Minuete, três canções baseadas em sonetos de António Sardinha, Viriato, um poema sinfónico baseado no conto Funerais de Viriato por Hipólito Raposo, e Canto do mar, para tenor e orquestra, com texto de Alberto de Monsaraz, outras obras não programáticas parecerem coincidir com as ideias do movimento, como o Concerto para violino e orquestra, Balada para piano e orquestra e 1ª Suite alentejana. Com este artigo pretendemos discutir e analisar parte da produção de Luís de Freitas Branco na década de 1910, relacionando-a com os ideais do Integralismo Lusitano, demonstrando de que formas o Integralismo fundado, em primeiro lugar, como um movimento literário e político, teve também os seus correspondentes musicais, e como as ligações de Freitas Branco com o movimento influenciaram a sua obra mais tardia. Seleccionando a 1ª Sinfonia e os Madrigais camonianos para coro misto a cappella, tentaremos explicar o neoclassicismo de Luís de Freitas Branco das décadas de 1920 e 1930, tendo em conta o que consideramos a sua fundação: os ideais do compositor da década de 1910, principalmente relacionados com a sua colaboração nas actividades e propaganda do Integralismo Lusitano, questionando desta forma a historiografia produzida até hoje acerca do compositor, e a periodização da sua obra.
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