El presente artículo pretende realizar un estudio comparativo entre el discurso de José Cardiel, SJ. y Pedro Lozano, SJ. sobre la expedición hecha al Estrecho de Magallanes (1745/1746) como una forma de mostrar y reflexionar de que modo un discurso directo (de aquel que participó del evento o fue testigo de los eventos) pasa por un filtro al ser reelaborado por otra persona. Buscamos analizar, de modo equitativo, la cuestión del viaje por medio de la escritura como una forma de conocimiento personal y de tránsito en una geografía extraña. Entretanto, esta geografía desconocida será la que permita que exista una autorreflexión que lleve al autor a recolocar los hechos bajo la perspectiva de una ausencia de esa extrañeza anterior. El viaje y su descripción son importantes, desde esta perspectiva, dado que puede ser analizado como un arte de la memoria y como un recurso narrativo de la historia; como un género discursivo que puede pasar por alteraciones a pesar que sean dos viajes realizados (uno de autoconocimiento que se relaciona con el acto de viajar físicamente para otros lugares y, un viaje literario: que es el viaje que se realiza a través de la lectura y de la imaginación). Esta reflexión nos permite pensar cuánto de la inserción de un nuevo bies narrativo puede alterar el significado original de un texto, tal como ocurrió en el Diario de un Viaje (1746); lo cual sucedió por medio de imprecisiones o un incrementar temas que no eran abordados en la carta redirigida por Cardiel aquel mismo año. Para alcanzar este objetivo utilizamos como concepto teórico-metodológico el de discurso narrativo (Genette) y así poder guiar nuestro análisis que considera la reescritura de un texto como una narrativa de segunda mano, en donde el relato original es modificado, transformado y distanciado de aquel que fue propuesto por el autor que vivenció aquello que relataba.
The present article intends to make a comparative study between the speech of José Cardiel, SJ and Pedro Lozano, SJ on the expedition made to the Strait of Magellan (1745/1746), as a way of showing and reflecting in what way a direct discourse participated in the event and was a witness of the facts) undergoes a filtering when being redone by another person. Equally, we seek to analyze the issue of travel through writing as a form of personal knowledge and displacement in a strange geography. However, it will be this unknown geography, which causes the author to re-think such facts in the perspective of an absence of this previous strangeness. The journey and its description are important in this perspective because it can be analyzed as an art of memory and as a narrative resource of history, as a discursive genre that can undergo changes even if they are two journeys (that of self-knowledge that relates to the act of traveling to other places physically, the literary, which is the journey through reading and imagination). Such reflection allows us to think about the insertion of a new narrative bias to a specific text can change its original meaning, as occurred in the Diario de un viage (1746), through inaccuracies or the addition of subjects that were not addressed in the letter written by Cardiel in the same year.
For this, we use as a theoretical-methodological concept of narrative discourse (Genette), to guide our analysis, in which a second-hand narrative is considered as a rewriting of a text, in which the original account is modified, transformed and distanced from was proposed by its author.
O presente artigo pretende fazer um estudo comparativo entre o discurso de José Cardiel, S.J. e Pedro Lozano, S.J. sobre a expedição feita ao Estreito de Magalhães (1745/1746), como forma de mostrar e refletir de que modo um discurso direto (de quem participou do evento e foi testemunha dos fatos) passa por uma filtragem ao ser refeito por outra pessoa. Equitativamente, buscamos analisar a questão da viagem por meio da escrita como uma forma de conhecimento pessoal e de deslocamento em uma geografia estranha. Entretanto, será esta geografia desconhecida, que faz com que haja a auto-reflexão que leva o autor a recolocar tais fatos sob a perspectiva de uma ausência desta estranheza anterior. A viagem e a sua descrição são importantes, nesta perspectiva pois pode ser analisada como uma arte da memória e como um recurso narrativo da história, como um gênero discursivo que pode passar por alterações mesmo que sejam duas viagens (a de autoconhecimento que se relaciona com o ato de viajar para outros lugares fisicamente;
a literária, que é a viagem através da leitura e da imaginação). Tal reflexão nos permite pensar a respeito do quanto à inserção de um novo viés narrativo a um texto específico pode alterar o seu significado original, como ocorreu no Diario de un viage (1746), através de imprecisões ou o acréscimo de temas que não eram abordados na carta redigida por Cardiel, no mesmo ano. Para tanto, utilizamos como conceito teórico-metodológico de discurso narrativo (Genette), para guiar a nossa análise, em que é considerada a reescrita de um texto uma narrativa de segunda mão, em que o relato original é modificado, transformado e distanciado do que foi proposto por seu autor que vivenciou o que relatava.
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados