Socorro, Portugal
Nesta comunicação questionam-se e problematizam-se ideias feitas e estereótipos atribuídos aos bairros de habitação social. Os estereótipos estigmatizam, reforçam negatividades e desencadeiam atitudes agressivas em relação ao ambiente. Representações sociais negativas prejudicam os lugares de vida dificultando a constituição de identidades comunitárias que favoreçam comportamentos de coesão e sustentabilidade do tecido urbano. Pretende-se repensar o agir e a qualidade da vida urbana em contextos territoriais desqualificados e estigmatizados na Área Metropolitana de Lisboa , refletir e projetar intervenções sociais e políticas de peritos e de decisores, prevenindo impactos e danos sociais e ambientais. Encontram-se legitimidades de ação através de indicadores alicerçados nas vontades e nos modos de pensar, de viver e de agir dos habitantes dos bairros. Analisa-se o reforço da construção de vontades coletivas que fomenta interações capacitadoras de processos de transmutação das situações de vulnerabilidade e de guetificação tornando os bairros mais biosustentáveis e a cidade mais saudável e mais inclusiva. Tomam-se dois bairros como cenário do fenómeno em análise. Focam-se algumas dimensões, a partir das quais se explora a relação da sustentabilidade territorial com as vivências das categorias populacionais que o habitam e as medidas de política urbana. O estudo, com um referencial teórico específico e recurso a análise categorial de documentos é de natureza exploratória e abordagem qualitativa com recurso a entrevistas, narrativas biográficas, e observação in loco.
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