A dimensão da pesquisa no serviço social e nas ciências sociais: O trabalho com história oral e trajetórias

• Carina Berta Moljo ^[1] ; Paulo Lourenço Domingues Junior ^[2]
  1. [1] Universidad Federal de Juiz de Fora
  2. [2] Univerdidad Federal Rural de Rio de Janeiro
• Localización: Comunidades sostenibles: dilemas y retos desde el trabajo social / coord. por Ana I. Lima Fernández, Enrique Pastor Seller, Carmen Verde Diego, 2017, ISBN 978-84-9177-336-8, págs. 1352-1359
• Idioma: portugués
• Enlaces
  • Texto Completo Libro (pdf)
• Resumen

  • O trabalho que apresentamos tem como objetivo principal debater a importância da pesquisa para o Serviço Social em particular e para as Ciências Sociais de forma geral, tanto para a intervenção concreta nos diversos espaços sócio-ocupacionais nos quais atuamos, quanto para a produção de conhecimento. Partimos do suposto que a dimensão investigativa é uma dimensão fundante da prática social, mesmo que em pesquisas realizadas observemos uma “tendência pouco reflexiva” ou “pragmática” que se distancia da perspectiva crítica, implícita na dimensão investigativa. Esta tendência deve ser analisada a partir dos condicionamentos postos pela realidade concreta considerando que os “tempos do trabalho” são marcados cada vez mais pelo tempo do “gerenciamento” o que não favorece a realização da dimensão investigativa no cotidiano profissional. Neste trabalho, tendo como base a experiência de pesquisa e docência dos autores apresentaremos duas técnicas ou metodologias de pesquisa, que nos tem auxiliado tanto para o conhecimento da realidade mais direcionado para a pesquisa e a produção de conhecimento quanto para o trabalho concreto de intervenção: história oral e trajetórias sociais. A história oral é considerada uma metodologia de trabalho que surge no meio acadêmico, na metade da década de 1950, dentro das metodologias qualitativas de pesquisa, mas que se afirma no final da década de 1960, tendo como principal objetivo conhecer a realidade a partir das pessoas comuns que quase sempre fica ignorada pela história oficial. Assim, procura conhecer aos sujeitos sociais no seu cotidiano, recuperando as memórias e as histórias que se bem são individuais, são também construções coletivas. Na mesma linha de trabalho os estudos com trajetórias sociais envolvem as trajetórias ocupacionais, mas também a sua relação com distintos aspectos da vida social e são captadas através de entrevistas semi-estruturadas de longa duração. As trajetórias sociais são entendidas aqui como percursos no qual são levantadas diferentes características numa ordem cronológica, de cada um dos indivíduos, mas também das famílias, relacionados principalmente ao trabalho como também aos distintos aspectos da vida social.