Brasil
O Projeto Ético-Político dos Assistentes Sociais brasileiros, desde à década de 1990, constitui-se em uma referência ético-política, teórico- metodológica e técnico-operativa para a ação profissional. Esse projeto profissional engendra novas estratégias de ação, que se configuram politicamente pela aliança com as classes trabalhadoras e subalternas, junto aos usuários dos serviços sociais, potencializando intervenções comprometidas com os interesses deles. No trabalho com grupos constatamos nesse projeto, a elaboração da crítica à instrumentalização dos grupos, a fim de superar as referências teórico-metodológicas e técnico-operativas vinculadas à perspectiva positivista/funcionalista (Cerqueira, 1981; Eiras, 2001, 2006, 2009). Nesse processo, tornou-se relevante a apropriação e elaboração de outras referências teóricas para a apreensão das práticas e dos processos grupais, articuladas à teoria social crítica. Em diálogo com as elaborações teóricas de Sartre (2002), Lourau (2004) e Lane (1988), críticas às formulações positivistas e funcionalistas na análise dos “grupos”, indicamos a particularidade do trabalho com grupos no Serviço Social, face às requisições organizacionais/institucionais e às contradições nelas presentes, as quais envolvem os interesses e necessidades reais dos usuários dos serviços e do público-alvo, em geral.
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