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Família, reciprocidade e condição de classe

  • Autores: Lia Machado
  • Localización: Anuário Antropológico, ISSN 2357-738X, ISSN-e 0102-4302, Vol. 8, Nº. 1, 1984, págs. 316-324
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • Nas sociedades ocidentais, especialmente do ponto de vista das suas "classes médias” , e mais ainda dos seus segmentos intelectuais, as questões de “ parentesco” e da “ família” são representadas como questões de ordem privada e assim, menores e menos importantes em relação às grandes questões políticas e econômicas que regem a ordem pública. Diante das sociedades tribais, os antropólogos não puderam deixar de registrar o contraste da posição das questões relativas ao parentesco e à família. O parentesco está presente nas dimensões política e econômica. Segundo alguns é a linguagem que organiza essas dimensões. Segundo outros, é um dos princípios determinantes de toda sua organização social. O parentesco, nas sociedades tribais, claramente não é uma questão ‘menor” . Este contraste impôs à antropologia um lugar privilegiado para o parentesco como objeto e exigiu toda uma construção de metodologias e técnicas para o estudo das relações de parentesco. No entanto, estes estudes, muitas vezes se restringiram à realização da primeira etapa de decifrar a construção (ou seja, reconstruir) os princípios de definição da rede de parentesco por consangüinidade e afinidade.


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