A forma como me interessei pelo problema descrito neste trabalho1 incorpora o problema discutido. Tudo aconteceu mais ou menos assim: em abril de 1990, viajei para o Rio de Janeiro como scholar da Fundação Fulbright com o objetivo de lecionar no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social no Museu Nacional. Esta era a minha terceira visita ao Rio e a segunda vez que lecionava no PPGAS do Museu. A primeira visita ao Rio havia resultado de uma estranha conjuntura de circunstâncias. Um amigo que conhecera através da Haight-Ashbury Free Medical Clinic (uma historia curiosa à parte) era então o responsável pelo programa brasileiro da Fundação Ford. Ele havia conhecido Gilberto Velho, antropólogo que lecionava nesse programa de pós-graduação e cuja especialidade era antropologia urbana. Gilberto lera o meu livro Outsiders e muitos de seus alunos estavam estudando o fenômeno do desvio em sociedades complexas. Assim, Richie Krasno me telefonou um dia sugerindo que eu passasse um período no Rio, a fim de participar do Programa do Museu Nacional, então financiado pela Ford.
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