Analisarei neste artigo1 certos dados etnográficos produzidos em uma pesquisa antropológica de longa duração2 e numa viagem de identificação da FUNAI, em setembro/outubro de 1994, na qual participei como coordenadora. No material colhido, sobretudo na última fase, os atores indígenas reinventam as tradições, reelaborando a memória social e as informações documentais sobre etnias registradas em momentos passados da história. Ainda que sua auto-representação não deva ser interpretada reducionistamente como uma instrumentalização da identidade com fins econômicos, fica claro nos exemplos citados que os Miranhas atuam com o objetivo de garantir seu território e seu lugar na sociedade.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados