Este artigo trata das relações contemporâneas entre povos indígenas e o estado no Brasil e do seu impacto na atividade dos antropólogos1. Seu ponto de partida é um acontecimento singular ocorrido durante um simpósio promovido pela FUNAI no interior de Pernambuco, sobre indigenismo no Nordeste e Leste brasileiros. Preparado para promover a reformulação da atuação da FUNAI na região, o evento foi “tomado de assalto” por ativistas indígenas, a quem havia sido negado acesso ao simpósio. Digo que o acontecimento é singular, não como conflito entre povos indígenas e o órgão indigenista federal (algo suficientemente corriqueiro), mas por exprimir a qualidade da relação pretendida pelos índios.
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