Dedico este trabalho ao meu companheiro de iniciação etnográfica (trabalho de campo e fome, malária, insônia, solidão, insegurança, medo e muita saudade) e amigo, Julio Cezar Melatti. Nossas relações pessoais e profissionais caberiam num amplo depoimento no qual ficaria evidente a minha dívida para com o seu exemplo e a minha perene inveja positiva do seu poderoso, claro, profundo e honorável trabalho. Da obra de Melatti ninguém pode dizer, com aquela maledicência cultivada pelos intelectuais ingleses: “você deve ser de fato um sujeito muito inteligente para entender o que escreve”... Seu estilo se caracteriza por uma claridade de farol, reveladora da força de um antropólogo social de primeira grandeza, certamente o melhor da nossa geração.
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