Este trabajo se enfoca en la representación de personajes femeninos andinos (indígenas) en películas peruanas ambientadas en el Conflicto Armado Interno (CAI 1980-1999) y su relación con personajes masculinos de la costa y de los Andes peruanos. Usando el análisis del discurso, se muestra que se trata de una representación de poder desigual donde los personajes femeninos indígenas son escenificados en el último lugar de la escala socioeconómica, sin agencia ni poder para liberarse de su propia situación. Este trabajo analiza La Boca del Lobo (1988), la primera película peruana ambientada en el cai, en la cual las mujeres andinas tienen un rol secundario, lo que les quita cualquier posibilidad de ser sujetos empoderados. Esta forma de retratar a las mujeres andinas responde a una estructura patriarcal y racista, que no solo muestra a las mujeres andinas como como sujetos subalternos sin poder, víctimas de la violencia psicológica y sexual, sino que también invisibiliza su papel durante elcai . El rol de la mujer fue principalmente defenderse de los abusos cometidos por los grupos terroristas y por las fuerzas armadas peruanas. Esa imagen se mantuvo en otras producciones audiovisuales peruanas y ha normalizado una visión de la mujer andina como un sujeto limitado, y ha contribuido a representar al pueblo andino, principalmente a las mujeres, como el “otro” del cai . Comprender cómo los no-indígenas de Lima han construido una imagen de las principales víctimas del cai puede ayudar a reconstruir esta nación desgarrada por la guerra, ya que las diferencias de raza y género siguen siendo problemas que Perú debe resolver.
This paper focuses on the representation of Andean female characters (indigenous) in Peruvian films set in the Internal Armed Conflict (IAC 1980–1999) and their relationship with male characters from the coast and from the Peruvian Andes. Using the discourse analysismethod, the paper shows how this is an uneven power representation, where the female indigenous character is portrayed as the lowest step of the social-economic scale, with no agency or any self-powerto free herself from her own situation. This work analyzes La boca del lobo (1988), the first Peruvian film set during the iac, in which Andean women have a secondary role, stripping away from them any possibility of being empowered subjects. This way of portraying the Andean women answers to a patriarchal and racist structure, which not only shows Andean females as powerless, as subaltern subjects, victims of psychological and sexual violence, but also makes invisible the role that they had during the iac. Women’s role mainly consisted in confronting both the abuses performed by the terrorist groups and by the Peruvian armed forces. This powerless portrayal was maintained in other audiovisual Peruvian productions—as analyzed in my ongoing PhD research—and has established a vision of the Andean female as a diminished subject and also contributed to build the Andean people—mainly women—as the “other” in the iac. To understand how non-indigenous people of Lima have built an image of the main victims of the IAC may help rebuild this war-torn nation, since race and gender differences are still problems Peru must resolve.
Este trabalho focaliza-se na representação de personagens femininos andinos (indígenas) em filmes peruanas ambientadas no Conflito Armado Interno (CAI 1980-1999) e sua relação com personagens masculinas da costa e de Andes peruanos. Usando o análise do discurso, mostra-se que se trata duma representação de poder desigual, onde os personagens femininas indígenas são apresentadas como o último passo da escala socioeconómica, sem agência nem poder algum para se libertar de sua própria situação. Este trabalho analisa A Boca do Lobo (1988) (La Boca del Lobo), o primeiro filme peruano ambientada no cai, na qual as mulheres andinas têm um papel secundário, o que tira delas qualquer possibilidade de ser sujeitos empoderados. Esta forma de retratar às mulheres andinas responde a uma estrutura patriarcal e racista, que não só mostra às mulheres andinas como sujeitos subalternos sem poder, vítimas da violência psicológica e sexual, senão que também invisibiliza seupapel durante o cai. O papel da mulher foi principalmente em se-defender dos abusos cometidos pelos grupos terroristas e pelas forças armadas peruanas. Esta imagem manteve-se no outras produções audiovisuais peruanas e tem normalizado uma visão da mulher andina como um sujeito limitado,e tem contribuiu a representar o povo andino, principalmente mulheres, como o “outro” do cai. Compreender cómo os não-indígenas de Lima construíram uma imagem das principais vítimas do cai pode ajudar a reconstruir esta nação rasgada pela guerra, já que as diferenças de raça e gênero continuam sendo problemas que Perú deve resolver.
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