Paulo Barrera Rivera, Douglas Fidalgo
As relações entre evangélicos e política no Brasil estão marcadas, desde seu auge nos anos 80 do século XX, por explícito interesse desse setor religioso em impor à sociedade uma moral religiosa. O presente artigo analisa essa questão aproveitando o conceito de “patrimonialismo”. Argumenta-se que o amplo setor evangélico que apoiou a candidatura de Jair Bolsonaro entende ter chegado a hora dos evangélicos controlarem os destinos do país. Apoia-se em registros oficiais e documentação pública sobre a prática política dos evangélicos e foca sua atenção nas eleições de 2018. Analisa a aliança política entre evangélicos conservadores e o projeto eleitoral direitista que saiu vitorioso nas eleições. Constata aspectos inéditos das relações entre religião e política no Brasil, com protagonismo especial das maiores igrejas pentecostais.
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