Neste artigo, analiso os dois discursos pronunciados por Lula no dia de sua posse: um deles lido em Plenário, o outro, improvisado no parlatório do Palácio do Planalto - enquanto “fala ritual”. Através do desdobramento dos componentes lingüísticos e simbólicos de ambos os discursos, o objetivo é identificar as estratégias pragmáticas utilizadas pelo novo presidente no sentido de refundar o vínculo representativo em novas bases. A partir daí, sugiro, com inspiração no arcabouço latourniano, como a problemática mais geral da representação política é uma daquelas de impossível conversão da multiplicidade do real na unidade que são os coletivos, como a “nação”, e vice-versa.
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