Desde tempos imemoriais os homens confecionam e utilizam adornos corporais. Supõe-se que a principal motivação para a feitura e utilização destes estava relacionada com as esferas da magia e do sagrado. Desta forma ao portar um adorno corporal, o indivíduo adquiria proteção contra possíveis perigos, tanto materiais, como imateriais. Contemporaneamente, algumas linhas de adorno agregam ao inerente caráter estético que estes possuem características que evocam reflexões, denúncias, questionamentos e críticas a assuntos e situações que estão em evidência no momento em que são projetados. Criadas para atuarem junto ao corpo, tais joias ocupam um lugar privilegiado para tratar de demandas nas quais ele é o centro. Para refletir sobre este modo processual e esta categoria de ornatos serão apresentadas a seguir três coleções de joias: “Terrifying Beauty”, “Ornamental Hand” e “Energy Addicts”, desenvolvidas respectivamente pelas designers Burcu Büyükünal, Jennifer Crupi e Naomi Kizhner, que colocam em pauta novas conexões entre corpo e joia, nas quais, de modos diferentes, o inanimado e o orgânico se influenciam.
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