A experiência etnográfica apresenta ao antropólogo uma diferença irredutível e conceitual: a de que os nativos lançam mão de conceitos ou concepções muito distintos daqueles que o próprio antropólogo leva para o campo. Se isso deve ser levado a sério, o único modo é descartar a diferença entre conceitos e coisas. Essa é uma das propostas centrais da coletânea A alma das coisas. Trata-se de uma volta às coisas, não mais como apelo ao mundo vivido da fenomenologia, mas à ideia de que a experiência das coisas é, ela mesma, conceitual, expressando regimes específicos na relação sujeitos x objetos.
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