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Resumen de “Casa sem homem é um navio à deriva”: Cabo Verde, a monoparentalidade e o sonho de uma família nuclear e patriarcal

Celeste Fortes

  • Em Cabo Verde, os agregados domésticos vivem entre desejos de formação de uma família nuclear, patriarcal e monogâmica e a criação de estratégias para driblar os múltiplos constrangimentos — como pobreza, migração, violência baseada no género e descrédito numa relação conjugal — com que são confrontados no quotidiano e que atropelam a concretização desse projeto, pessoal, familiar e nacional. Privilegiando a etnografia, a partir da observação participante e de entrevistas em profundidade com mulheres da ilha de São Vicente, chefes de família em casas marcadas pela monoparentalidade, o presente artigo analisa os significados e a importância que as mulheres caboverdianas atribuem à ausência e à presença de um homem dentro de casa e problematiza esses significados dentro de um quadro de paradoxos e contradições, concluindo que essas mulheres assumem o papel de sustento da casa, mas, porque querem uma casa de respeito e respeitada pelos outros, negoceiam a possibilidade de ter um homem dentro de casa, mesmo que não sustente, mas que mande. Porque, para essas mulheres, casa sem homem é um navio à deriva.


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